Autora do trabalho: Diana de Sousa Santos Lisboa
Resumo
O foco deste estudo é a análise das experiências de trabalhadores da Azaléia na Bahia, em um contexto de exploração do trabalho e das condições de vida, refletido em muitas mutilações, adoecimento de operários e demissões por justa causa. Além disso, veremos nesta pesquisa, a busca por direitos empreendida por esses operários que, sozinhos ou com o sindicato de classe, buscaram diversos meios para denunciar as arbitrariedades cometidas pela empresa. Para mais, o texto ainda faz uma análise da intensa disputa por representação sindical dos operários da Azaléia, entre duas entidades: o Sinditêxtil e o Sindquímica, que em meio a grandes divergências, criaram dois sindicatos municipais, o Sindcalçados e o “Sindicato de Verdade”, em um processo em que o último assume a base representativa da empresa. O estudo teve como foco a microrregião de Itapetinga no Sudoeste da Bahia, onde esteve instalada todas as fábricas que formaram o polo calçadista da empresa no estado. Para o exame foram analisados 164 processos trabalhistas, 17 entrevistas com ex-trabalhadores, sindicalistas e advogado do “Sindicato de Verdade”, documentos sindicais fotografados na Sede do Sinditêxtil em Salvador/BA, além das edições de 1976 a 2007 do jornal Dimensão disponíveis no site e fotografados no acervo físico da entidade. Dentre outras, que possibilitaram a composição do texto em três capítulos, por fim, o desenrolar da pesquisa mostrou a inteligibilidade nas ações dos trabalhadores calçadistas baianos em um contexto de grande esforço da empresa em mostrar seu papel de organização responsável e preocupada com a qualidade de vida de seus operários.
Banca Examinadora
Interessados em assistir, entrar em contato através do e-mail: <diana.sousalisboa@gmail.com>